15 de dez. de 2010

Matrícula

Hoje senti-me emocionada. Foi apenas um fluxo de sentimentos alegres. Hoje, ao entrar por aquela porta, senti as sístoles e diástoles cada vez mais fortes e contínuas. Hoje meu mundo inteiro se passou pela minha cabeça. Todos os últimos 350 dias aglomeraram-se num só instante - aquele. Hoje eu fui todos os risos e desesperos. Fui toda a nostalgia. Hoje eu senti como sofri uma lavagem cerebral, por estar sentindo aquilo. Hoje eu fui todo o sentimento de competição e as brincadeirinhas provocativas. Hoje é o dia cujo sonho esteve sempre presente, durante esse caminho árduo pelo qual passei. Chegou o dia. E agora ele acabou. Sentei-me naquela cadeira dura, ouvi o som da música vindo da sala e, por alguns instantes, tudo o que eu vivi esteve claro em minha mente. Tudo o que eu vivi se mostrou como sendo eu. E, naquela cadeira, tomada pela emoção, ouvi a moça chamando pelo meu nome. Levantei-me e, então, entrei na determinada sala. Sentei-me novamente (lá dentro). Assinei alguns papeis e em poucos segundos vi que todo esforço valeu a pena. Eu sou música, e, a partir de hoje, já sou um pouquinho de FAP.

13 de dez. de 2010

Enquanto isso, na cozinha

Temperos e gostos diferentes,
especiais,
como tem que ser,
se for para você.

Participação Especial

“Estou saindo

seguindo meu coração

na direção do que é correto

na direção do que é humano

humilde

vou na direção do amor”

 

R.B.

8 de dez. de 2010

Cume

Serra

      Pilhada

            Pilheira

                    Pelada

                           Piada

4 de dez. de 2010

Lume

Dos momentos altivos,
A simplicidade;
Dos choros,
O riso;
Da calma,
O cais;
Dos socos viria o coito
E tudo ficaria em paz.

Charada

Que amor é esse que deseja o toque sempre?
Que anseia estar perto todo o tempo?
Que amor é esse que troca tudo por alguém?
Que esquece da própria vida,
E toma a vida do outro como sendo sua?
Que espécie de amor é esse que só se vive pelo alheio
E esquece de si?
Que amor é esse que se enfiaria uma faca no próprio pescoço
Para não sofrer mais?
Para não ficar distante?
Para não perder?
Que amor é esse que existe entre dúvidas
E tristezas
E brigas
Choros
E coitos?
Será que isso não é amor?
Que é tudo ilusão
Dispersão?

Ou não?

Tempo

E lá tu vais com teu cavalo a motor
Que insiste em andar
Sob o choro Divino;
Digo-te que ele está cada vez mais forte
Mas tu insistes em partir;
Sinto-me, então, como uma criança
Como quem põe um adorno
E espera bajulações que nunca chegam.

27 de nov. de 2010

Serafim

é, meu amigo.
essa noite foi a última.
nosso último beijo.
nossa última briga.
nosso último toque.
bom ou ruim,
agora estou assim
sozinha
como vim
pr'esse mundo
sem fim.
com fim.
foi o fim.
fim.

26 de nov. de 2010

Um Desquerer

É um pesar tão grande
Uma constante vontade de chorar
Sem saber porque.
É como se as lagrimas quisessem brotar dos olhos
Assim
Sozinhas.
E nesse coração banhado a éter
Que quase nada sente
Há Só uma agonia.
Só aquilo que não se explica.
Aquela dor que ninguém quer.
A dor da despedida.
Da partida.
A dor doída.

18 de nov. de 2010

Mentira

Ainda vejo aqueles olhos grandes
De fome
De carne
Humana
Encarando apaixonadamente
Suplicante
Amante
Desejando um toque
Lento.
Ainda vejo aqueles olhos esbugalhados
E logo bem perto
E Chega
E, rapidamente,
A negação alheia.
Não quero nunca me esquecer
Daqueles olhos famintos
Que devora
E implora
E deseja
E ama.
Aqueles olhos que nunca existiram, (nem existirão)
Aqueles olhos que eu vi (de longe)
Surgiram no meio da noite
Repentinamente.
Aquele olhar que veio
E se foi
O mesmo olhar
Que anseia ser lembrado
Mesmo que oniricamente
Mesmo que surreal
Entre palavras
E versos brancos
Entre um poema
Que sai das mãos
maquinalmente.
Esses olhos
Que mais parecem sol
Daqui saíram
Pracá voltarão
Aqui ficarão

Entre poemas.

17 de nov. de 2010

Muito prazer, me chamo Terra

 

Tudo possui um começo, tudo possui energia e tudo está em equilíbrio... Ao menos deveria estar.

No meu começo tudo era fogo mas ao longo do tempo isso mudou - e continua mudando. A minha terra fora habitada por povos ( primeiro os nômades)  que, posteriormente, plantavam para comer e matavam apenas para sobreviver. Tudo estava tranqüilo, até o dia em que evoluíram um pouco e fizeram a primeira troca de produtos – aí nasceu o que chamamos de capitalismo.

1750. O desejo materialista, o capitalismo, cresceu. As pessoas querendo sempre mais, querendo inovar, causaram as Revoluções Industriais.

Em menos de 300 anos os seres – humanos me revolucionaram. Criaram máquinas para produzir mais, desenvolveram a medicina (sabe-se lá o por que, já que eles mesmos criaram o “fast-food” , desaprenderam a comer, estragaram os alimentos, me poluíram, envenenaram meu solo ... desaprenderam até a respirar – e não é exagero, basta apenas perceber o movimento da barriga de um recém-nascido e de um adulto na jornada pelo poder.), inventaram eletrônicos que, apesar de útil, poluem meu interior ... E exterior também.

Exagero é dizer que 20% dos meus “hóspedes” dominam os outros, já que esse número, talvez, com muito esforço, não chegue a 10%. Mas é isso aí: 10% de mim, do Planeta Terra, domina 90%. 10% dita: “Seja magro, lindo, compre futilidades modernas e tome coca-cola”. 88% obedece, 2% - ou um pouco mais - tem visão do mundo, e vive na humildade, não por necessidade, mas por querer.

Até que ponto a Revolução é boa?

Hoje não matam para comer. Comida que poderia alimentar a Etiópia está alimentando os bois que vocês ingerem. A água potável, quase escassa, idem.

Enquanto uma minoria usufrui dessa Revolução, grande parte olha a modernidade pela “Janela do Barraco”. Ou vocês acham mesmo que a classe baixa tem condições de adquirir as “modernidades do mundo moderno”?

Até que ponto vale a Revolução, para alguns, se pessoas morrem de fome e sede todos os dias? E se morrem de frio ou calor, quem vai se importar? Quem vai te mostrar a má e porca realidade de hoje? A Globo?

Contribuir com o aquecimento global e com o lixo espacial vale a pena, pela Revolução? Dar dor, sofrimento e hormônios, aos animais, para uma maior produção, é justo? São terráqueos como vocês.

Poluir o planeta, a sua casa, para a sua satisfação, é necessário?

Como tudo deve estar em equilíbrio, meu final será um grande mar salgado e poluído. Afinal, nasci do fogo.

E viva a Revolução! Uma revolução diferente é a única coisa que pode evitar essa calamidade. E cabe a vocês, humanos, aumentar os 2% que tem a boa visão do mundo. Ande a pé, de bicicleta, viva a simplicidade e saiba: tudo é possível se você quiser!

Muito prazer, meu nome é Terra.

Jura de Eterno Amor


Quero ficar com você pra sempre;
Ao chegar aos 80,
Pode ser que eu pense não estar velha
(não estarei).
E depois de ter vivido anos utópicos
(ao seu lado)
Eu vou desejar só mais uma coisa
Só mais um minutinho
De carinhos
Seus.

17 de out. de 2010

Momento de Reflexão

… good vibes. … om shantih.

25 de ago. de 2010

Uma Pausa

Quando pequenos, queremos crescer logo. Depois que crescemos, queremos voltar no tempo. O meio termo é aqui. A vida é absurdamente linda. Neste momento, as pequenas e mais simples coisas, tornam-se complexas e gigantes. E as que sempre vemos como fundamentais, tornam-se pó...e depois nada.
Algumas vezes, pessoas entraram em minha vida. Tentei segurá-las e guardá-las apertadas em mim, e quanto mais eu queria, menos eu tinha. Sempre. Neste momento percebo que a aproximaçao é expontanea, não é uma consequencia. Percebi que pessoas são passaros. São livres e querer prende-las é um erro. Percebi que a vida é efemera, as circunstancias são paginas, e pessoas são experiencias. Tudo que acontece, tem um proposito. E resta a mim captura-los e compreende-los. Essa é a vida.

8 de jul. de 2010

Livros



São viagens,
Estórias,
Palavras e períodos,
Combinações de letras,
Que nos tornam perigosamente mais humanos.

Self

Entrego-me ao mundo, e aceito.
Limito-me ao infinito;
Choro de alegria,
Morro de saudades,
Crio emoção à vida;
Medito os sentimentos, e os aceito
Como já posto.
Mas acima de tudo, eu amo.
Amo muito;
Amo mesmo.

Paixonites



Ah, a paixão;
Corações palpitantes,
Olhos brilhantes,
E seres trementes;
Mas eu gosto mesmo do Amor,
Este dura para sempre,
Não é só chama.

Música




Entre fusas e semifusas, perdidas
Nos compassos dos passos das vidas, confusas,
Perdidas, ou compreendidas, sentindo
Um verso, ou uma fuga;
E uma lágrima, sadia, feliz,
Que dos olhos saem
Pro rosto sorrir.