Anil

Que céu azul tão lindo
Azul do mar
Azul.
Fico olhando essas nuvens,
Como sendo ondas.
Nuvens em desenhos,
Como os bichinhos marinhos.
O céu é um mar sem água.
É um retrato público
Seco
Do mar.

A hora da Brincadeira ....

Não me incomodo nem um pouquinho.
Nem um pouquinho mesmo.
O que possa incomodar,
é a coragem de mostrar o rosto ao falar de alguém.
Quantos pseudônimos foram criados,
a fim de apenas expor o que vinha na cabeça,
mesmo sendo verdadeiro ou não aquele sentimento.
Não me incomodo nem um pouquinho,

Não preciso de ninguém para me defender
De palavras anonimas jogadas ao vento,
De criações anônimas,
De um anônimo qualquer.
Até porque, um anônimo não é ninguém para falar quem eu sou.
Eu sou alguém de verdade,
e um anônimo é quem?
Alguém que fala o que quer
apenas por saber que nunca será revelado.
Medroso.
Se fosse cheio de coragem,
usaria esses 6 meses passados para falar isso frente a frente,
ou pelo menos, para não ficar tão vago,
dar uma ligadinha,
marcar um encontro.
aiai.
Que vida triste a sua,
anonimozinho de meia tigela...
antes tivesse coragem de assumir o nome, né?
Quem sabe eu te levaria mais a sério...
Por que eu não levar agora?
Porque eu sei que nada do que você fala sobre mim é verdade,
e vindo de um Anônimo,
isso só mostra que não existe um porquê nem para ficar chateada.
A vida é muito mais que isso.
lastimável quem perde a vida para tentar atrapalhar a vida do outro,
com besteiras,
futilidades.
tão lastimável,
é a vida daqueles que se afetam com essas besteiras.
E por falar nisso ...
Continue, Coisa Anônima.
Não vou mais perder meu tempo com piadas assim.
Fale, fale, fale
Ria, ria, ria
Faça o que quiser,
minha vida vai muito além do que você Pensa de mim,
Ela me vale muito mais do que você.

Subliminar

Você se preocupou tanto
Em me perceber, em
.
Como as coisas se passam dentro de mim,
O que gerou seu
Menosprezo interno./
O que se passa dentro de ti
.
Se manifestou em mim./
E um possível desejo frustrado seu,
.
Espelhou-se em mim (por você)./
Não negue,
Garotinha.
As suas fantasias
Não formam quem eu sou.
Os seus olhos que fazem você me enxergar,
Utopicamente com o que você deseja pra ti.
?

O cabelo era de televisão,
virou loiro.
O nome continua ausente.
As coisas mudam,
menos o medo,
e a dorzinha oculta.

Ah, quanta decepção.
E eu que pensava estar livre disso,
por estar no lugar maravilhoso em que estou,
agora me deparo com quem ainda julga por o que acha que vê,
por o que acha que sabe,
e por ainda sair sorrindo,
por achar que sabe tudo.
Mas no fundo,
o que há mesmo é um vazio,
e uma dorzinha,
por não ter um cabelo loiro
ou um olho que mais parece vidro.
uma dorzinha que até o nome
acha melhor esconder.

respondendo

Pra que me importar,
Rir é bem melhor que chorar.
Assim a vida fica mais cheia de cor
Nesse mundo de inveja, e dor.
Ah, sim!
O homem no banco azul
Fapiano – da fap,
Ainda carece imaginação
Lá deitado com a cabeça pra esquerda
Aquele descasco entre os apoios do banco
Reunido
Formando um homem.
O homem do poema
Diferente do homem da mente
Anônima.
Sim.
Esse homem carece muita imaginação.

Desapego

Ah, espero pelo dia
Em que eu não precise mais
Desejar
Esses lábios carnudos nos meus,
Essas mãos sendo sentidas pelas minhas,
Essas madeixas de anjo nos meus olhos,
E essa barba malfeita no meu pescoço.
Espero pelo dia
Em que eu não precise mais
Ver-te para me contentar,
E que sorria, mesmo deslembrando
Dessa sua (tão vital) existência.